Metrô FM Juína 87.9 - Tá na Metrô, Tá Bom de Mais!
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PIONEIROS

José Silveira de Avila e Liria Gomes de Avila

O Pioneiro José Ávila (Juca) chegou em outubro de 1977 e Líria em janeiro de 1978

Seu José Silveira, conhecido como Juca e Dona Líria se conheceram no estado do Paraná durante um baile.

Dona Líria não foi fácil de conquistar segundo seu José, mas com paciência conseguiu. Outro desafio foi convencer o sogro, que era bravo a conceder a filha em namoro, mas conseguiu.

O namoro logo se transformou em uma fuga para o casal, já que o pai da moça era exigente e não demorou muito para que o casal se formalizar e voltasse para os laços familiares.

Em 1976 o casal mudou-se da cidade onde se conheceram e em pouco tempo Seu José estava a caminho de um projeto feito pela CODEMAT, juntamente com uma serraria com os primos.

Seu José chegou a Juína em 1977, quando houve a abertura do local onde seria o módulo 1 atualmente, para trabalhar na  serraria que os contratou.

Um ano após Dona Líria e os 2 Filhos nascidos no Paraná chegaram no município os outros filhos do casal nasceram em solo juinense. O local era somente mata, as derrubadas mal tinham começado, e por muito tempo o casal morou sob condições difíceis.

Seu José relata que chovia sempre e ficava mais difícil o trabalho, sem contar com os bichos e a falta de qualquer recurso disponível na nova cidade.

O pioneiro relata que no momento que chegou, a vontade era voltar para junto da família, pois a situação não era fácil, ele mais os companheiros já chegaram a ficar sem comida, se alimentando de palmito e farinha de milho, mas era pouco.

As coisas começaram a desenvolver, a partir de 1980 a chegada de mais famílias a Juína, deu esperanças ao casal para continuar a trabalha e lutar por uma vida melhor.

José chegou a possuir terras com o esforço do seu trabalho, mas acabou caindo em confianças erradas e perdeu o que tinha.

A esposa, Dona Liria conta que passou por muitas situações, preocupada com os filhos e o medo que tem até hoje de cobras. Na época quase se acidentou com uma e conta que graças aos macacos não foi picada por uma.

O trabalho era árduo e a única diversão aos domingos naquela época era pescar e caçar, que por diversas vezes se tornou a fonte de alimento para mesa, já que carne e outros acompanhamentos eram escassos em Juína.

Assim como todos que chegaram em uma época onde não havia nem água encanada, os recursos mais próximos para aquelas pessoas era Vilhena.

Seu José frisa que aquele momento suportou o trabalho difícil de serrar madeira até ao ponto de machucar as mãos se deve por ser jovem, por ter folego para tocar em frente. Quando perguntado se ele soubesse como seria sua vinda, ele mesmo assim viria para cá, seu José responde que não, hoje ele ama Juína, fez parte da sua abertura e ascensão, mas se naquela época soubesse, não viria devido as dificuldades que passou, principalmente com a família, esposa e filhos pequenos.

A época mais complicada em Juína foi a do garimpo, o casal conta que muitas mortes eram vistas, nas ruas, lanchonetes, estradas e muito mais. Na família seu José nunca teve problema, mas foi uma época perigosa. Além de ter sido o momento em que a situação estável que a família estava construída foi abalada com a perda dos bens, após seu José entrar em um negócio na cidade de Colniza e veio a quebrar.

Mas conforme o tempo foi passando, a vida foi se ajeitando. A cidade estava tomando forma, as famílias que chegavam, iam construindo aos poucos, montando comércios e trabalhando com os recursos naturais da terra.

Com o tempo e com mais gente a diversão de todos passou de pesca e caça para o famoso futebol, onde as comunidades formavam times e se realizava os grandes torneios que fazia a alegria da população.

Assim que Juína estava um pouco mais estruturada e com a abertura do CTG, a diversão do casal era os bailes, levavam as crianças deixavam no berçário ou embaixo da mesa dormindo.

Durante 09 anos a família trabalhou cuidando do Juína Club nos seus primeiros anos, dali tocaram uma mercearia.

Apesar de tudo o casal sente saudades daquela época, hoje mesmo com todo conforto possível, eles recordam da hospitalidade, amizade e a simpatia de todos, pois aquela gente veio de longe, sofreu e lutou junto para construir um lugar, um patrimônio onde pudessem criar os filhos e assim por diante.

Quer saber mais sobre a trajetória desse casal em Juína, assista a história completa de José Silveira e Líria Gomes Ávila, no vídeo abaixo