Wilmar Olegini é natural de Fracisco Beltrão, no Paraná. Marilde Ferronato Olegini nasceu em Quilombo, Santa Catarina. Os dois se conheceram na cidade de Santa Izabel do Oeste, foi lá que, em 1981, eles se casaram. Juntos eles tiveram dois filhos, Karina e Alexandre.
Em 1982 Wilmar havia veio conhecer Juína, ele trabalhava com tapeçaria no Paraná, mas a atividade não estava dando um bom retorno financeiro, então um amigo o convidou para vir para cá. Wilmar ficou 30 dias em Juína, montou uma tapeçaria e depois que juntou um dinheiro ele foi buscar Marilde no Paraná.
Na primeira vez que Wilmar veio até Juína a viagem foi longa, ele veio junto com o caminhão de mudança e na época havia de Tangará para cá a estrada era de areão, ele demorou cerca de 11 dias para chegar. Depois quando ele veio com sua esposa a viagem até o município foi mais tranquila, eles vieram até Cuiabá de ônibus e depois até Juína de avião.
Apesar da cidade ainda ser pequena quando eles chegaram, Marilde gostou do município. O irmão de Wilmar, o Walter, já morava aqui, então no começo eles foram morar com ele.
Marilde conta que a cidade não tinha muita coisa, havia poucas lojas e mercados, faltava água e energia, mas ela encarou aquilo como uma oportunidade para crescer e ter uma vida melhor.
A maior preocupação era com saúde, pois aqui em Juína ainda não tinha muitos recursos nessa área.
Wilmar montou uma fábrica de móveis junto com seus dois irmãos, mas seus irmãos acabaram se desentendendo e Wilmar teve que trabalhar na fábrica por quatro anos para pagar os empréstimos que eles haviam feito para comprar os equipamentos da loja.
Na época a atividade que mais tinha retorno financeiro era a agricultura familiar, produção de arroz, milho, a população produzia muito e havia muito dinheiro circulando no município.
Para se divertir eles iam assistir jogos de futebol que acontecia aqui, depois veio o CTG para cá, começou a ter festas de carnaval e também de rodeio. A população sempre participava das festividades.
Wilmar conta que hoje as pessoas se importam menos, é mais difícil fazer amizades. Marilde comenta que hoje em dia as pessoas estão mais ocupadas, tem mais tarefas, então não se reúnem tanto como antes.
No começo só havia um canal de TV que era transmitido através de um repetidor e o sinal era muito fraco, não tinha rádio nem telefone, para fazer telefonemas eles precisavam ir até Vilhena.
Wilmar conta que o pior momento foi no começo, quando seus dois irmãos se desentenderam e ele teve que trabalhar para pagar as contas. Já seu melhor momento foi quando ele conseguiu pagar todas as contas e as coisas começaram a prosperar.
Marlene conta que não teve momentos de arrependimento, ela veio para cá sabendo que trabalhando eles iriam conseguir. Mesmo longe ela sempre teve o apoio de sua família, o que a deixou confiante para vir para Juína.
Wilmar relata que se pudesse mudar algo, que ele teria feito mais a sua vontade, pois ele sempre planeja bem suas ações e isso sempre teve bons resultados, mas quando foi na idéia dos outros acabou levando a pior.
Marilde diz que a trajetória aqui foi boa, seus filhos estudaram, estão realizados e a família está crescendo.
Eles deixam uma mensagem para os jovens, para que estudem, para que analisem bem as coisas antes de fazer e para que dêem atenção a suas famílias. Pedem para que os pais também ensinem e ajudem seus filhos, pois a família é à base de tudo.
Eles também agradeceram a todos que os ajudaram nessa caminhada.
Ouça o áudio abaixo ou acista ao video com mais detalhes. Wilmar e Marilde Olegini contam a história completa de toda essa trajetória.