Rosa Brugnera, Amarildo Brugnera, Elenice Brugnera
Rosa Brugnera, a matriarca da família, é natural de Aratiba no Rio Grande do Sul. Ela saiu de sua cidade natal para Quilombo, em Santa Catarina, aos 11 anos e em 1981 Rosa veio para o Mato Grosso.
Rosa Brugnera chegou à Juína em 1° de Julho de 1981, seu esposo Laurindo a convenceu a vir para cá porque a população no sul do país estava aumentando e estava mais difícil conseguir terras, então eles decidiram vir para Juína com seus 5 filhos.
Rosa conta que o projeto Juína foi muito divulgado, caravanas cheias de pessoas vinham para a cidade conhecer e comprar terrenos nessa região. Laurindo havia comprado lotes de terra no Rio Preto, na linha 5 e na cidade, onde ele construiu uma pequena casa para receber a família quando ela chegasse.
Rosa conta que quando chegou em Juína, o módulo 5 e 4 ainda era coberto por mata, estavam começando a abrir caminho no módulo 3, apenas o módulo 1 e 2, Setor Industrial e o bairro São José Operário estavam povoados.
Ela relata que já havia colégio, mercados e hospitais no município, mas que não gostou da cidade de início, não voltou para a região Sul porque sabia que seria pior.
Amarildo Brugnera tinha 11 anos quando a família se mudou para Juína, ele comenta que eles tiveram que trazer os animais na mudança, pois aqui ainda não se conseguia comprar animais domésticos ou para pecuária.
Amarildo conta que foram 10 dias de viajem para chegar a Juína, mesmo na época de seca as estradas eram cheias de areia e os caminhões atolavam o que dificultava o trajeto.
No primeiro ano de residência em Juína a família se deparou com um forte frio, e até mesmo eles que eram acostumados com o frio do Sul penaram com o frio ocorrido na cidade.
Uma das dificuldades encontrada pela família foi conseguir água, a CODEMAT tinha caixas de água e poços artesianos, mas não funcionava então o módulo 02 foi abastecido por alguns anos com uma mina de água.
Laurindo, o esposo de Rosa veio para a cidade com intenção de trabalhar com lavoura, mas por fim acabaram trabalhando com gado leiteiro até poderem montar o primeiro moinho de milho da cidade, tal que com o tempo perdeu o valor, pois as pessoas que aqui residiam não consumiam tanto os produtos do moinho quanto as pessoas do Sul, então este foi vendido.
Saiba a continuação dessa história no áudio abaixo.