Dalmo conta que ele e a família vieram do Paraná para Vilhena e que na época a estrada era muito ruim, demorava mais de uma semana para chegar de Cuiabá a Vilhena. Um vizinho deles, que trabalhava na CODEMAT, comentou sobre Juína com o pai de Dalmo e Natal, disse que as terras aqui eram boas para quem gostava de trabalhar.
Os pais deles vieram para Juína em 1979, depois os filhos vieram. Natal conta que Juína era uma terra boa, que morar aqui foi um pouco difícil por causa de alguns contratempos financeiros. Sua família iria comprar uma fazenda no município, um dos irmãos dele foi para Vilhena buscar o dinheiro, mas a mala em que o dinheiro estava sumiu e eles não puderam comprar a fazenda.
Com a falta de recursos e a dificuldade em arrumar um emprego, Dalmo decidiu voltar para o Paraná, ficou lá por um ano e depois retornou para Juína em 1981.
Genessi conta que quando se casou com Dalmo, ela nunca imaginou em vir para o Mato Grosso, eles passaram por muitas dificuldades aqui. Ela diz que a maior dificuldade foi a perda de sua filha, que não era vacinada e faleceu por causa de uma meningite.
Dalmo também comenta sobre seu acidente, o seu trator estava na oficina e ele e um colega foram colocar a capota no trator, Dalmo puxou uma peça, ela quebrou e ele faturou a coluna. Ele foi para Cuiabá e para Cuba fazer tratamento para melhorar a sua fratura. Quando retornou para Juína, Dalmo foi convidado para se candidatar a vereador, concorreu e foi eleito. Ele diz que a política é difícil de entender, mas se aprende muito com ela.
Natal conta sobre a festa de emancipação do município, as pessoas estavam animadas e a festa foi boa. Quando chegou a Juína, Natal conseguiu um emprego na TUT, trabalhou na empresa mais de um ano. Ele diz que os jovens que estão chegando ao município, não têm tanta oportunidade como eles tiveram quando chegaram, pois naquela época havia muita madeira, o que movimentava bastante a economia do município. Também diz que acredita que o eixo do desenvolvimento econômico do município será o garimpo, a agropecuária e a agricultura.
Natal comenta que um dos momentos mais triste de sua vida foi em 1986, quando sua mãe faleceu devido a um câncer, o segundo mais triste foi quando ele chegou do Paraná a Juína e ficou sabendo do acidente do seu irmão Dalmo. Um das coisas que o marcou positivamente foi o nascimento dos seus filhos.
Dalmo diz que vê Juína com um futuro muito promissor para ele, para sua família e para as pessoas que estão chegando.
Confira mais detalhes sobre a trajetória de Natal, Dalmo e Genessi Matuchaki no áudio abaixo.