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NOTÍCIA

AFASTAMENTO DO TRABALHO POR TRANSTORNOS MENTAIS ULTRAPASSARAM 400 MIL EM 2024

Data: Quinta-feira, 13/02/2025 07:00
Por: METRO FM JUINA

Afastamentos por transtornos mentais ultrapassam 400 mil casos no Brasil em 2024

Os afastamentos do trabalho devido a transtornos mentais somaram mais de 400 mil casos no Brasil em 2024, segundo dados do Ministério da Previdência Social. Entre as principais doenças que levaram à concessão de benefícios por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, destacam-se os transtornos ansiosos e os episódios depressivos, que juntos responderam por mais de 255 mil afastamentos.

Os números mostram um crescimento expressivo em relação a 2023. As concessões por transtornos ansiosos chegaram a 141.414 no ano passado, um aumento significativo em relação aos 80 mil casos registrados em 2023. Já os episódios depressivos resultaram em 113.604 afastamentos, um acréscimo de 46 mil casos em relação ao ano anterior, que registrou 67.399 concessões.

Outro fator preocupante foi o aumento nos afastamentos por transtorno depressivo recorrente, que somaram 52 mil benefícios concedidos em 2024, contra 32.892 no ano anterior. Além disso, reações ao estresse grave e transtorno de adaptação ocasionaram quase 21 mil afastamentos em 2024, enquanto em 2023 esse número foi de 12 mil.

Nova norma exigirá avaliação de riscos psicossociais no trabalho

Diante desse cenário preocupante, o governo federal implementará, a partir de maio de 2024, uma nova regra para reforçar a gestão da segurança e saúde mental no ambiente de trabalho. A atualização da Norma Regulamentadora Nº 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, passará a exigir que as empresas avaliem e gerenciem riscos psicossociais dentro das organizações.

A norma determina que fatores como estresse, assédio moral, carga mental excessiva e jornadas extensas sejam identificados e monitorados pelos empregadores, integrando as medidas de proteção à saúde dos trabalhadores. Segundo o Ministério do Trabalho, os riscos psicossociais estão ligados à organização do trabalho e às relações interpessoais no ambiente laboral, incluindo:

  • Metas excessivas e prazos curtos;
  • Jornadas de trabalho prolongadas;
  • Falta de suporte organizacional;
  • Assédio moral e conflitos interpessoais;
  • Falta de autonomia e controle sobre o próprio trabalho.

De acordo com especialistas, esses fatores podem desencadear ansiedade, depressão e estresse, aumentando o risco de afastamentos e reduzindo a produtividade dos profissionais.

Com a atualização da NR-1, os empregadores deverão adotar procedimentos claros para prevenção, identificação e mitigação dos riscos psicossociais. A norma busca não apenas reduzir os índices de afastamento, mas também promover ambientes de trabalho mais saudáveis e equilibrados, garantindo o bem-estar dos trabalhadores.

A implementação dessa regra representa um avanço na política de saúde e segurança ocupacional no Brasil, reforçando a necessidade de cuidado com a saúde mental dos profissionais e promovendo um ambiente corporativo mais responsável e sustentável.