A obsessão para calar voz dissidente e impedir as liberdades de expressão e manifestação é coisa antiga, na esquerda brasileira. Desde sempre, a conversa dessa gente vai nessa direção, com o objetivo único de regular o que a sociedade pode ou não pode falar. Lá, em 2010, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, do governo Lula, Franklin Martins, já defendia, o que ele chamava de novo marco para comunicação. Na cabeça dele era preciso definir obrigações dos meios de imprensa. Felizmente, o anteprojeto preparado por Lula e entregue à Dilma, foi enterrado, mas a tigrada seguiu na mesma toada. Em 2020, o Deputado Orlando Silva, do Partido Comunista Brasileiro, aliado do PT, tentou aprovar o Projeto de Lei 2.630/2020 apelidado de PL da Censura. Felizmente, a urgência para a votação não foi aprovada. O projeto não obteve os 257 votos necessários. Corretamente, o Deputado Marcel Van Hatten afirmou que a proposta limitaria a liberdade de expressão e criaria uma estrutura soviética de análise de conteúdo. A excrecência foi batizada de Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. E teria normas para as redes sociais e serviços de mensagem como WhatsApp e Telegram.
É de arrepiar uma lei dessas, nas mãos dessa gente. Agora, o ex-deputado Jean Wyllys, criticou ferozmente a cobertura da imprensa, á visita da “dama do tráfico” ao Ministério da Justiça, com a viagem financiada pelo Ministério dos Direitos Humanos. Segundo o valente, a mulher do bandido, condenado a 30 anos de cadeia e, ela mesma, condenada a 10 anos, pode visitar as autoridades, mas a imprensa não pode divulgar o fato. Descaradamente, ele cobra a criação de uma política pública contra "desinformação digital" e afirma que a imprensa divulgou "desinformação" sobre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o presidente Lula. É preciso muito cuidado. Para expandir os seus domínios, a tirania precisa calar a voz da sociedade.
Vicente Lino.