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Coluna/Opinião

Petrobras quer mudar regras para colocar políticos na diretoria. A gente já sabe o que vai acontecer.- Vicente Lino

Data: Terça-feira, 31/10/2023 15:17

A sociedade brasileira já conhece o apetite que a classe política tem por empresas estatais. Sabe, também, que essa idolatria passa muito longe da eficiência e honestidade esperadas, para a montanha de cargos que as empresas oferecem.  Até que já se tentou afastar a moçada dos cofres, por meio da lei, mas de nada adiantou. Tanto que Aloisio Mercadante foi indicado para presidir o BNDES, mesmo tendo sido coordenador do programa de governo e ser um quadro histórico do PT. Em seu artigo 17, a Lei das Estatais determina que “é vedada a indicação, para o Conselho de Administração e para a diretoria, da pessoa que atuou, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral”. Essa regra da Lei das Estatais, é justamente para evitar intervenções políticas, mas não adiantou nada e homem está lá.

 Como essa gente não consegue ficar longe dos cofres, agora a Petrobras está prestes a alterar regras para nomeações para cargos de chefia na empresa e também para a remuneração de seus acionistas. Com a alteração fica mais fácil para o governo indicar os nomes e também para dar destinação aos lucros da companhia. Logo a Petrobrás, cujo prejuízo descoberto pela Lava Jato chegou a estonteantes 42,8 bilhões de reais por conta de um esquema criminoso de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro envolvendo funcionários de alto escalão da empresa com diretores das maiores empreiteiras do país. Os envolvidos foram todos soltos. Estão prontos para voltar à cena do crime.

Vicente Lino.

Petrobras quer mudar regras para colocar políticos na diretoria. A gente já sabe o que vai acontecer.- Vicente Lino