Todo mundo sabe que as eleições na Venezuela foram uma enorme trapaça. Os atos de Nicolás Maduro comprovam que ele jamais deixaria o poder. Mesmo porque, ele já havia ameaçado derramar sangue de seu povo, se perdesse as eleições e infelizmente está cumprindo as promessas com milhares de presos e, ao menos 13 pessoas mortas. A gente não sabe aonde essa selvageria toda vai parar e, por isso mesmo, vale acompanhar o comportamento das autoridades brasileiras, após aquele simulacro de eleição. A Organização dos Estados Americanos pôs em votação uma resolução que obrigava a Venezuela a mostrar imediatamente, as atas de votação. Foram 17 votos favoráveis quando seriam necessários 18 votos para aprovação do documento. O Brasil se absteve de votar e, com esse único voto a resolução da OEA estaria impondo limites ao ditador Maduro. Depois, Lula afirmou que o resultado das eleições na Venezuela, não tem nada de grave, nada de assustador.
A fala envergonha o Brasil e os brasileiros que prezam pela democracia e pelos direitos humanos. Não foi grave impedir oponentes de participar nas eleições, as prisões de opositores e o sumiço das atas de votação¿ Não são assustadoras as prisões e mortes de cidadãos por se revoltarem com a mistificação do governo¿ E a coisa só piora. Falando das eleições de 2026, Lula acaba de afirmar que “Se ficar claro que a direita pode voltar, eu não vou deixar”. A afirmação soa como grave ameaça, porque a gente não sabe de que maneira ele não vai deixar. Por aqui, no passado recente houve tentativa de assassinato contra um candidato, proibição de falar da ligação de Lula com conhecidos ditadores, impedimento da impressão dos votos e por aí vai. Por tudo isso é plausível imaginar que, em 2026, Lula se comporte igual ao seu amigo Nicolas Maduro. E, para se manter no poder acabe repetindo no Brasl, o desastre a que assistimos na Venezuela de hoje.
Vicente Lino.