Com a tal vitória de Nicolás Maduro, o jornalista Jose Roberto Guzzo produziu mais um excelente texto, para a Gazeta do Povo, e o título não poderia ser melhor. Segundo ele, nunca houve uma eleição tão roubada quanto a da Venezuela. E segue enumerando a montanha de falcatruas escancaradas por lá. “A oposição lançou uma candidata forte; Maduro, através do seu TSE, proibiu que ela concorresse. Lançou, então, uma segunda candidata; foi cassada como a primeira. Já daria, só aí, para puxar o cartão vermelho. É simplesmente impossível haver uma eleição limpa se o governo declara que os adversários que não gosta são inelegíveis”. No Brasil, não sei não, mas o fato de o Deputado Federal Deltan Dallagnol, ter sido cassado, o senador Sergio Moro estar sendo perseguido e Bolsonaro tornado inelegível, deveria servir de alerta para o que virá por aqui, se a gente não tomar muito cuidado. Afinal, o ministro Luís Barroso disse para quem quisesse ouvir que eleição não se ganha, se toma. Referindo-se à vitória com 51 por cento dos votos, Jose Roberto Guzzo afirma que Nicolás Maduro mudou o modo de operar, com fraude direto na veia, e deixou a impressão de que estava havendo uma disputa duríssima com o candidato da oposição.
Por isso mesmo, os eleitores da Venezuela, mais uma vez, apenas perderam o seu tempo e se arriscaram a levar pancada da polícia, do Exército e das milícias do governo. Ao final, Guzzo lembra que “ Lula e o Itamaraty de Celso Amorim sempre estiveram na primeira fila das macacas de auditório de Maduro. Quando o ditador ameaçou a Venezuela com um “banho de sangue” caso não ganhasse a eleição, Lula veio dizer que estava perturbado com a ameaça. Não sabemos se o presidente da Venezuela será preso por isso, mas ele afirmou que as sacrossantas urnas do TSE brasileiro não são auditáveis. Falar isso por aqui, dá cadeia.
Vicente Lino.