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Coluna/Opinião

Na democracia brasileira,  o Poder não emana do Povo. - Vicente Lino.

Data: Segunda-feira, 08/07/2024 08:34

O jornalista Fernão Lara Mesquita repete sempre que democracia é quando o povo manda no governo. Afinal, o poder emana do povo.  A afirmação é corretíssima, muito embora por aqui, em nenhum momento o povo consiga mandar no governo. Prova disso é mais esse absurdo Plano de Saúde dos senadores e ex-senadores. O ministro Flavio Dino, depois de deixar o governo do Maranhão e o Ministério da Justiça deu uma passadinha pelo senado e deixou, também por lá sua contribuição ao atraso. Permaneceu no cargo por apenas 21 dias e tem direito ao eterno Plano de saúde do Senado para ele e seus familiares. Esse Plano é regulamentado por um tal Ato da Comissão Diretora 9/1995, onde o povo não manda. O absurdo não estabelece um tempo mínimo necessário para permanência no cargo e é altamente deficitário. De 2015 a 2021, as contribuições somaram 21 milhões e as despesas somaram R$ 123 milhões de reais. Entre os benefícios dos senadores estão o atendimento médico no exterior e UTI aérea. Os hospitais são escolhidos pelos senadores e ex-senadores e suas excelências preferem o Sírio Libanês e o Albert Einstein, claro.

Não cabe todo mundo neste espaço, mas, além do Flavio Dino estão por lá; Fernando Henrique, Fernando Collor, José Sarney, Ronaldo Caiado, Wellington Dias, Roberto Requião, Pedro Simon, Renato Casagrande, José Roberto Arruda e Edison Lobão. A reportagem da Gazeta do Povo dá conta de que a família Vital do Rego está bem representada no Plano de Saúde.  Tem o ministro do TCU Vital do Rego, sua esposa, Vilauba Vital do Rego e sua mãe Nilda Gondin, além do vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rego. Em democracias, onde de fato, o povo manda no governo, coisas assim nunca seriam aprovadas.

Vicente Lino.

Na democracia brasileira,  o Poder não emana do Povo. - Vicente Lino.