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Coluna/Opinião

Bilhões perdoados por Dias Toffoli podem voltar para o Brasil que trabalha - Vicente Lino.

Data: Segunda-feira, 12/02/2024 08:49

É boa a noticia de que o Procurador Geral da República, Paulo Gonet, ainda que tenha demorado um pouco contestou a liminar do ministro Dias Toffoli, que livrava a J&F do pagamento de uma multa de 10,3 bilhões de reais, por conta de acordo com a justiça. Os ministros têm agora a chance de reverter esse erro grotesco e colocar as coisas em seu devido lugar. Dias Toffoli é também o relator do processo. A mudança de relatoria já seria o mínimo do mínimo em termos de decência por parte do Supremo, porque a advogada da J&F, Roberta Rangel é casada com o ministro Toffoli. Por isso mesmo e ele não tem a menor legitimidade moral para julgar esse caso. O Procurador não concordou com o argumento de que a empresa, dos espertalhões Wesley e Joesley Batista, teria sido pressionada para assinar o acordo. Há um vídeo mostrando um deles muito confortável a confessar alguns crimes mostrando que não houve pressão alguma. Vem aí um bom trabalho para os ministros do STF. Falta levar ao plenário outra decisão do ministro Toffoli perdoando 3,8 bilhões em multas do acordo de leniência da Odebrecht.

Tem mais: Em setembro do ano passado, o ministro anulou várias provas fornecidas pela empreiteira como parte do acordo de leniência. Além do que, como ele foi citado na delação premiada de Marcelo Odebrecht é preciso questionar sua atuação neste caso. São situações em que a decência recomendaria impedimento ou suspeição. Seria bom para o Brasil que trabalha se essas ações do Ministro Toffoli fossem todas rejeitadas pelo plenário do STF. Até porque, os espertalhões de outras empresas já estão propondo ações para também se livrarem das multas sacrificando o pagador de impostos, por conta de suas roubalheiras. Ao Brasil decente resta entrar em orações e esperar por decisões corretas da justiça, o que nos tempos atuais tem sido coisa muito rara.

Vicente Lino.

Bilhões perdoados por Dias Toffoli podem voltar para o Brasil que trabalha - Vicente Lino.